O método do carbono 14 não é confiável.
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Essa é uma cópia parcial do artigo do Talk.Origins (aqui), que foi refutado (aqui). Então usarei a resposta do artigo original como base. Leia esse texto aqui, e então leia essa reposta.
Como qualquer ferramenta, o método do carbono 14 pode ser mal usado. E nesse caso o problema não está no método e sim na pessoa que o utilizou incorretamente.Isso é verdade. Com qualquer ferramenta científica é assim.
Interessante que a maioria das pessoas que criticam os métodos de datação sequer sabem ao certo como eles funcionam, suas aplicações e suas limitações.Vamos ver as limitações que ele irá citar.
No caso do carbono 14, é normal ver criacionistas alegando que ele é usado para datar fósseis, quando na verdade ele não é utilizado para essa função. Como sua meia-vida é de 5730 anos, ele serve para datar no máximo até 50.000 anos. Além disso, ele só serve para datar estruturas orgânicas, como madeira, pele, tecido, folhas, etc.É possível datar fósseis de origem sedimentar com esse método sim[1][2]! Essa afirmação não tem embasamento nenhum!
Verdade, mas a pergunta é se a atmosfera está em constante equilibrio... mas já vimos aqui que não!O método do carbono 14 funciona de forma diferente que os métodos convencionais, como o Potássio-Argônio, Rubídio-Estrôncio e Urânio-Chumbo, etc. Esse método é chamado método cosmogênico, porque o carbono 14 é constantemente formado por raios cósmicos nas camadas superiores da atmosfera. Ele é um elemento instável, que ao decair se transforma em nitrogênio 14.Mesmo em pequenas quantidades (cerca de 0,001% do carbono existente na Terra), o C14 é absorvido pelas plantas e animais. Dessa forma, os organismos estão com o C14 em equilíbrio com a atmosfera. Quando eles morrem, o C14 não é mais absorvido, e o que existe neles tende a se tornar N14. Comparando a quantidade ainda existente de C14 no organismo com a quantidade existente na atmosfera, temos uma boa previsão de quando ele morreu.
Na verdade existem erros na calibração por dendocronologia. Essa calibração usa o crescimento de anéis em arvores anualmente para datá-la e assim calibrar a datação por C14. Problemas envolvem vários anéis crescendo por ano[3][4]. Outros problemas envolvem:O método C14 foi calibrado até 11.800 anos, utilizando a dendrocronologia, a ciência que estuda os anéis de crescimento de árvores centenárias. Depois de calibrado ele mostra notável precisão. As chamadas “árvores matusalém”, existentes na seca região entre Nevada e Flórida, crescem por até 6.000 anos! Árvores desse tipo demoram milhares de anos para se decompor. Ao fazer correlações dos anéis com as árvores mortas, baseado em grandes períodos de seca ou chuvas, o período pode ser estendido para até 11.800 anos.Além de 11.800 anos não é mais possível calibrar pela dendrocronologia, pois ocorreu um cataclismo mundial que alterou de forma abrupta como as árvores cresciam naquela época (antes que os criacionistas digam, não, não foi o dilúvio bíblico, e sim o descongelamento provocado pelo fim da última era glacial).
"Além de árvores vivas, os dados de anéis de árvores é baseado na correspondência anéis de árvores a partir de fragmentos de árvores mortas."[5]
Porém existem outras formas de calibrar o método C14 além desse ponto. Uma delas é encontrar baías ou lagos onde a sedimentação ocorre relativamente rápida. Em muitos casos a sedimentação é sazonal, e cada ano se forma uma nova camada, e as camadas podem ser contadas iguais a anéis de árvores.Como no outro caso, depende se o evento (sedimentação) foi observado, ou seja, os resultados serão confiáveis somente se alguém presenciou o ocorrido, tudo que extrapole o não visto já é suposição.
"Na década de 60, o rio Bijou Creek que fica no estado do Colorado, EUA, produziu um depósito de sedimentos de 3,5 metros, numa única enchente, resultante de 48 horas de chuvas torrenciais na sua cabeceira. Este depósito produzido pelo transbordamento do rio foi estudado minunciosamente pelo geólogo americano Edward McKee. Ele observou que o depósito era um sistema de camadas formadas simultaneamente, onde os sedimentos haviam sido depositados na mesma forma estratigráfica encontrada nas rochas da coluna geológica.1 Dr. Guy Berthault realizou experimentos confirmando o que havia sido observado por McKee. Os experimentos foram feitos em grandes canaletas com paredes de vidro, por onde passava água contendo sedimentos. Assim a deposição dos sedimentos podia ser observada.2,3,4
Os experimentos demonstraram que o escoamento da água produz a segregação dos sedimentos de acordo com o tamanho das partículas, sendo as mesmas desaceleradas pelos sedimentos já depositados, dando origem a lâminas superpostas que se formam na direção do escoamento. Estes experimentos demonstraram a natureza mecânica da estratificação."[6]
Árvores que passam por várias camadas são encontradas em lugares (veja Fósseis Poliestratas) onde tem deposição de camadas de gelo, e elas supostamente tem milhões de anos! Isso contradiz a afirmação do ceticismo.net.Outra forma é encontrada em geleiras. As camadas de gelo também são sazonais e podem ser contadas, ao se escavarem cilindros de gelo. Se algum animal ou matéria orgânica ficar presa e for congelada, pode se descobrir quando isso ocorreu facilmente.
"Nas planícies geladas da Sibéria, uma salamandra surpreendente é capaz de sobreviver parada durante anos, congelada a temperaturas tão baixas quanto -50 ° C, apenas para descongelar e fugir depois. Os cientistas ainda não têm certeza do mecanismo exato, mas, como alguns outros animais, eles certamente produzem substâncias químicas 'anti-congelamento' para repor a água em seus tecidos e células.
Algumas delas têm sido encontradas enterradas no gelo, que se acredita ser a partir do Pleistoceno - 12.000 anos atrás por contagem evolutiva. No entanto, elas são recuperadas vivas quando descongeladas!" [7]
Também pode ser usado o crescimento de estalagmites, pois sua evolução pode ser verificada facilmente.
" Estalagmites são formações que crescem a partir do chão e que vão em direção ao teto, formadas pela deposição (precipitação) de carbonato de cálcio arrastado pela água que goteja de uma superfície superior. São frequentemente vistas em cavernas e grutas, porém, podem ser encontradas em imóveis que possuem cálcio na composição do material construtivo (cimento ou cal)."[8]
Para acrescentar, supostamente as Estalagmites (crescem do chão) e estalactites (crescem do teto) dependendo do tamanho tem milhares de anos.

Já a imagem a esquerda é mais impressionante. Essa estalagmite não pode ter mais do que 140 anos, pois o túnel em que ela está só pode ter sido aberto no máximo em 1851.[11]
Para saber mais: http://creation.com/rapid-stalactite-growth
Dessa forma é possível calibrar a datação por C14 a até 50.000 anos. Além desse limite o método não é mais recomendado.Usando essas calibrações nem coisas de supostos 15 mil anos deveriam ser datados!
A datação por radiocarbono tem sido largamente usada, com resultados consistentes e confirmado por fontes independentes, além de confirmado por outros métodos de datação.De fato funciona com objetos que a datação é calibrada usando dados observados, dos quais tem certeza... Uma coisa é isso, outra é extrapolar para 40 mil anos atrás!
1: http://noticias.terra.com.br/educacao/vocesabia/interna/0,,OI3805455-EI8411,00.html
2: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-edeterminada-a-idade-de-um-fossil
3: https://answersingenesis.org/age-of-the-earth/biblical-chronology-and-8000-year-bristlecone-pine-chronology/
4: http://www.creationresearch.org/crsq/abstracts/sum20_2.html
5: http://creationwiki.org/Carbon_dating_gives_inaccurate_results_(Talk.Origins)
6: http://www.universocriacionista.com.br/content/blogcategory/13/33/
7: http://creation.com/the-lost-squadron
8: https://pt.wikipedia.org/wiki/Estalagmite
9: https://answersingenesis.org/geology/caves/bottle-stalagmite/
10: http://creation.com/instant-stalagmites
Fonte da Referência 6:
1: E. D. McKee, E. J. Crosby e H. L. Berryhill Jr., “Flood deposits, Bijou Creek, Colorado, 1965”, Journal of Sedimentary Petrology, 1967, 37, 829-851.
2 G. Berthault, “Experiments on lamination of sediments”. Compte Rendus Académie des Sciences Paris, 1986, t.303, Série II, Nº 17:1569–1574.
3 G. Berthault, “Sedimentation of a heterogranular mixture: experimental lamination in still and running water”. Compte Rendus Académie des Sciences Paris, 1 988, t. 306, Série II:717–724.
4 P. Y. Julien, Y. Lan e G. Berthault, “Experiments on stratification of heterogeneous sand mixtures”, Bulletin of the Geological Society of France, 199,3, 164(5):649–660.
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