domingo, 28 de fevereiro de 2016

Carbono 14, um inimigo do criacionismo?

Carbono 14, um inimigo do criacionismo?


Resultado de imagem para BAD BOY
Figura 1

Introdução.


"Por favor, que ninguém questione a datação radiométrica por carbono-14, uma metodologia bastante precisa, tão vilipendiada, criticada e posto a prova pela ICAR só em reprimenda pelos testes que, com sua utilização, jogaram por terra várias mentiras rabiscadas com carvão na Bíblia."[1]

O Carbono-14 é comumente usado para datação. Comecei com o tipo da citação acima, por que ela é comum. Evolucionistas se precipitam em dizer que o C-14(Carbono 14) refuta totalmente o criacionismo da terra jovem, pois dá idades acima de 10.000 anos. Mas vamos analisar essa reivindicação... E mostrar que a datação por radiocaborno (Carbono 14) é um grande aliado de criacionistas da terra jovem, e pode ser chamado de "Bad-Boy" (Figura 1) das datação radiométricas. 

Como é formado o Carbono-14?

O planeta constantemente é bombardeado por raios cósmicos, vindos do sol. O raio cósmico colide com átomos na atmosfera, e acaba criando raios cósmicos secundários na forma de nêutrons energizados, e esses nêutrons energizados colidem com átomos de nitrogênio.

datação carbono-14
Figura 2

"Quando o nêutron colide, um átomo de nitrogênio 14 (com sete prótons e sete nêutrons) se transforma em um átomo de carbono 14 (seis prótons e oito nêutrons) e um átomo de hidrogênio (um próton e nenhum nêutron)."[2]

O carbono 14 se mistura com o oxigênio formando o dióxido de carbono. As plantas fazem a fotossíntese e absorvem. O carbono é radioativo, e é um átomo instável, ou seja, quer dizer que decai (grosseiramente "vira") outro elemento dentro de determinado tempo. Aí que entra a datação.

Datação por Carbono-14.

Figura 3

Todo elemento radioativo que é instável (decai), leva um determinado tempo para tornar-se outro elemento. Esse tempo se chama "meia-vida", que é o tempo para o elemento pai (Carbono-14) se reduzir a metade na amostra. Por exemplo, a meia-vida do Carbono 14 é aproximadamente 5 730 anos, então para todo carbono na amostra se reduzir a metade (100%-50%) é 5 730 anos, usando essa lógica, para uma amostra com 50% de Carbono-14 chegar a 25%, passou-se 11 460 anos (Figura 3). Jake Herbert escreveu:


"A concentração de C-14 (o número de átomos de C-14 por número de átomo de carbono) dentro de uma amostra é indicada através do uso "porcento da relação de 14C/C em carbono moderno", ou a notificação pMC. Se uma amostra tem um átomo de 14C por trilhões de átomos de Carbono, nós iríamos dizer que essa concentração 14C é 100 pMC, desde que isso é 100% da moderna concentração de 14C  (um átomo de 14C por trilhão de átomo de carbono 14). Da mesma forma, um átomo de 14C por 2 trilhões de átomos de carbono, seria o equivalente a 50 pMC."[3]

Sabendo disso, tudo que uma vez foi vivo pode ser datado, como fósseis, madeira, sedimentos orgânicos, ossos, conchas marinhas, etc...

Fatores que afetam a datação por Carbono-14.



As suposições desse método são muito subjuntivas. A primeira é que os raios cósmicos, responsáveis em transformar nitrogênio 14 em carbono 14 são constantes.
 Raios cósmicos são lançados diariamente contra nós pelo sol. Como já foi dito, estes raios cósmicos são os formadores de carbono 14 na atmosfera. Agora uma pergunta surge: Existe como saber a quantidade desses raios cósmicos? A resposta é sim. Para sabermos a constância desses raios cósmicos temos que ver a manchas solares. Manchas solares são regiões de redução de temperatura e pressão das massas gasosas do sol. Agora chegamos a pergunta: Essas taxas são constantes? A resposta é não, o gráfico abaixo confirma isso:


Figura 4


Magnetic Field Weakening
Figura 5
Figura 6
 Outro modo de modo de se avaliar isso, é pela flutuação do isótopo do elemento Berílio -10 (Figura 6). Ele é produzido por radiação cósmica. É possível saber a quantidade de Berílio -10 medindo o quanto dele existe na camada de gelo, que se forma anualmente. Então sabendo sobre o Berílio -10 é possível saber mais sobre o sol e sua atividade.

             Outro fator muito importante é o campo magnético da terra, que nos protegem de partículas nocivas lançadas pelo sol. Pois bem, se um dia esse campo esteve mais forte, a produção de carbono-14 ficaria mais difícil. É justamente isso que está acontecendo (Figura 5), o campo magnético da terra está se deteriorando como mostrado na figura ao lado.
Ainda existe o efeito reservatório dos Oceanos, que envelhece amostras, o texto abaixo explica esse efeito:

"Estas massas d’água trazidas à superfície em regiões de ressurgência, diluem a radioatividade do 14C nas águas superficiais. Amostras de carapaças e esqueletos calcáreos se tornam então aparentemente mais velhos do que organismos contemporâneos em terra"[4]*

Temos que lembrar desse efeito mais adiante...


Kent Hovind fala algo muito interessante:

"Se eu dissese para você encher um barril com água, mas houvesse buracos no barril. Enquanto você põe água, ela começa a vazar. Você tem o precesso e encher e vazar ao mesmo tempo. Há adição e subtração acontecendo. Em algum momento você chegará num estado chamado Equilibrium. Você nunca vai passar aquele ponto no barril a menos que você a entrada ou a diminui a saída dela. A atmosfera da terra está constantemente recebendo C14 do sol e está constantemente perdendo para seu decaimento. Você tem o mesmo coisa do barril. Minha pergunta seria: “Quanto tempo demoraria para a atmosfera da terra atingir o Equilibrium?”. Quando a datação por C14 foi descoberta em 1940\1950 ela foi feita em Chicago, o inventor disse: “quanto tempo levaria para a atmosfera terrestre o Equilibrio?” Pois ele sabia do problema do Equilibrium. Depois de alguns estudos, ele disse que levaria por volta de 30 mil anos. Basicamente se você criasse um planeta novinho em folha, o cobrisse com ar, e o colocasse para girar sozinho e a girar em torno do sol. O sol iria atingir o oxigênio e a atmosfera produziria também carbono 14, e esse iria decair. O inventor do método disse que a atmosfera em 30 mil anos estaria equalizada.[...] Não sei se o número está certo , mas o conceito está. Em 30 mil anos a atmosfera atingiria o Equilibrium. O problema é que nós ainda não atingimos os Equilibrium. Há mais C14 agora do que a 20 anos atrás. Na verdade o C14 está se formando de 28 a 37 vezes mais rápido do que está decaindo. Se ainda não chegamos ao Equilibrium a terra tem menos de 30 mil anos de idade”[5]

Algo pior ainda está por trás disso:


" Porque Libby acreditava que a Terra era de milhões de anos de idade, ele assumiu que tinha havido tempo suficiente para que o sistema estar em equilíbrio . Isso significa que ele pensou que o C 14 estava entrando na atmosfera tão rápido como ele estava deixando-os cálculos mostram que isso deve ocorrer em cerca de 30.000 anos, e, claro, a Terra era muito mais velha do que isso, disseram os geólogos[...]Em seu dia, das medições e cálculos, sobre que ele sabia , mostrou que C 14 estava entrando no sistema de 12-20% mais rápido do que ele estava saindo[...]Libby sabia que, se estes números estavam corretos, isso significaria que a atmosfera era jovem, então ele descartou os resultados como sendo devido a erro experimental! (Nós não estamos sugerindo desonestidade aqui, meramente mostrando como poderosamente os conceitos evolutivos / uniformitarianos da Terra história influênciam grandes cientistas para moldar ou descartar provas que parece contradizer esse ponto de vista.) O Que as medidas modernas, que utilizam tecnologia avançada, como os satélites mostram? Infelizmente para os defensores da "terra-velha", os estudos de renomados físicos atmosféricos tais como Suess e Lingenfelter mostram que C 14 está entrando no sistema de 30-32% mais rápido do que ele está deixando a atmosfera."[6]


Vemos aqui que: a produção de C14 na atmosfera não é constante. E ainda pior, que a segundo a datação de C14 a terra deve ter menos de 30 mil anos!



Suposição e mais suposição...

Figura 7

Podemos fazer uma analogia dos problemas do C14 com uma vela (essa analogia muito boa é usada por Kent Hovind). Vamos fingir que estamos em um mundo que tem velas de vários tamanhos. E um dia passando pela nossa sala vemos que uma vela está acessa (Figura 7), e nos perguntamos: "Faz quanto tempo que essa vela está queimando?". Para tentar responder essa pergunta vamos medir a vela e descobrir seu "decaimento". Assim descobrimos que a vela tem 7 cm e derrete a uma taxa de 1,5 cm por hora (saiba que ficamos só uma hora verificando, não esperamos duas para comprovar). Depois vamos ao armário da cozinha e descobrimos que só existem velas de um tamanho, então nos supomos o tamanho inicial da vela.

Os problemas são: (a) Não se sabe se a vela queimando é a mesma guardada na cozinha, sabendo disso nos supomos, sem evidências do tamanho da vela.

Grandes problemas para uniformistas.


Além do Equilibrium de C14 não estar completa na atmosfera ( o que indica um terra de menos de 30 mil anos), temos um problema de contradições entre datações radiométricas. Métodos como Urânio-Chumbo são usados para datar camadas supostamente antigas (milhões de anos), e por que Carbono 14 não é usado para datá-las? Por um motivo óbvio (para uniformistas, é claro), nunca haveria Carbono 14 (que pode ser detectado até amostras de supostos 50 a 70 mil ano) numa amostra de milhões de anos! Mas será isso verdade? A respostas é não! C14 em amostras antigas indicam que essa amostras não tem mais de 70 mil anos. Vamos para alguns exemplos.

Os ossos de dinossauros são achados nas camadas do Triássico, Jurássico e Cretáceo que datam de 210 a 65 milhões de anos, então logicamente os ossos teriam que ter essa idade. Alguns ossos de dinossauros[7] foram datados por C14 e a tabela (Tabela 1) abaixo mostra os resultados surpreendentes:


DinossauroDatação por C14Encontrado em
Acro

Acro


Acro


Acro


Acro


Allosaurus


Hadrosaur #1


Hadrosaur #1


Triceratops #1


Triceratops #1


Triceratops #1


Triceratops #2


Triceratops #2


Hadrosaur #2


Hadrosaur #2


Hadrosaur #2


Hadrosaur #2


Hadrosaur #2


Hadrosaur #3


Apatosaur  
>32,400

25,750 
+ 280


23,760 
+ 270


29,690 
+ 90


30,640 
+ 90


31,360 
+ 100


31,050 + 230/-220


36,480 + 560/-530


30,890 
+ 200


33,830 + 2910/-1960


24,340 
+ 70


39,230 
+ 140


30,110 
+ 80


22,380 
800


22,990 
+130


25,670 
+ 220


25,170 
+ 230


23,170 
+ 170


37,660 
+ 160


38,250 
+ 160

11/10/1989


06/14/1990


10/23/1990


10/27/2010


10/27/2010


05/01/2008


10/01/1998


10/01/1998


08/25/2006


09/12/2006


10/29/2009


08/27/2008


08/27/2008


01/06/2007


04/04/2007


04/10/2007


04/10/2007


04/10/2007


11/29/2011


11/29/2011


Tabela 1

O vídeo mostrado perto do subtítulo mostra com detalhes onde foi encontrado os fósseis e como foi feita a datação.

Supostamente  o carvão está em camadas de milhões de anos... A Equipe do RATE (já falado aqui) datou 10 amostra de carvão com o carbono 14 (Figura 8) como mostra a tabela abaixo[8]:


Figura 8



Madeiras supostamente de 30 (terciário)[9], 255 (Permiano) [9], 189 (Jurrásico)[10] e 225-230[11] milhões de anos foram datadoas com menos de 40 mil anos!

 E para piorar diamantes que supostamente se formaram entre 1 e 3 bilhões de anos atrás foram datados e Carbono numa quantidade 10 vezes maior do que não podia ser detectado[12]:


Conclusão


O Carbono 14 invés de ser aliado dos evolucionistas é um grande inimigo de suas datações, assim colocando-as em xeque.








*Algumas partes desse texto são cópias de um trabalho escolar que fiz. Eu quero disponibilizá-lo mais tarde.


1: http://www.ndig.com.br/item/2011/04/10-fraudes-que-manipularam-a-histria-da-cincia-mundial#ixzz3lYk1bLpO, Clique aqui

2: https://esquadraodoconhecimento.wordpress.com/ciencias-da-natureza/quim/como-funciona-a-datacao-por-carbono-14/, Clique aqui
3: Hebert, J. 2013. Rethinking Carbon-14 Dating: What Does It Really Tell Us about the Age of the Earth? Acts & Facts. 42 (4): 12-14, online aqui
4: :http://www.oceanografia.ufba.br/ftp/Geologia_Marinha/AULA_6%20_Metodos_Datacao.pdf, Clique aqui
5: Seminário 7 de 7, Kent Hovind, 0:43:30 -> 0:46:15.
6: Wieland, Carl, "Carbon-14 dating—explained in everyday terms", Creation 2(2):14–18 April 1979
7: Para mais informações: http://newgeology.us/presentation48.html, Clique aqui
8: DeYong, Don, "Thousands... Not Billions", p. 54
9: Snelling, Andrew, "Radioactive ‘dating’ in conflict!", Creation 20(1):24–2 December 1997
10: Snellinh, Andrew, "Geological conflict", Creation 22(2):44–47 March 2000
11: Snelling, Andrew, "Dating dilemma: fossil wood in ‘ancient’ sandstone", Creation 21(3):39–41 June 1999
12: Ref 8, p. 57

Um comentário:

  1. Nem os números nem os conceitos estão certos. Os "raios cósmicos" altamente energéticos que geram o carbono-14 não vêm do Sol - essa é a razão de eles terem "cósmicos" no nome. A magnetosfera da Terra nos protege das partículas que vêm do Sol. Além disso, um gigantesco aumento na quantidade de raios cósmicos que atingem a Terra nos últimos milhares de anos faria com que a quantidade de carbono-14 fosse MAIOR do que o esperado, fazendo as coisas que datamos com essa técnica parecerem MAIS JOVENS já que nós fazemos a datação baseado em quanto carbono-14 ainda sobrou nos fósseis (relação inversa).

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